[Um conto – parte II]
Pegou na mochila, dizendo para consigo: “levarei comigo apenas o indispensável, calças jeans, t-shirts brancas, um ou dois pares de sapatilhas, não dispenso os cremes hidratantes, mas não levarei qualquer tipo de maquilhagem”.
Olhou as roupas, desfez-se dos acessórios complicados, pois sempre disse que a roupa é a sua segunda pele. Já há muito tempo que a sua peça preferida é um t-shirt branca e em dias de frio veste uma camisola em bico, tem varias, de tantas cores, quantas a do arco-íris. Já se cansou de usar camisas, aqueles colarinhos sufocam, retêm o ar e conferem-lhe um ar de engomadinha, como se não andasse vestida, mas sim com um garfo enfiado nas vísceras. Gosta mais assim, dessa forma casual e descontraída de se vestir, ajusta-se aos seus pensamentos e à forma como vê a vida – com leveza!
Ao fazer a mochila, apercebeu-se que existem coisas que irá sempre carregar consigo, coisas impossíveis de ficarem para trás. A família, os amigos e as tradições nas quais fora criada, tudo aquilo que caracteriza cada ser humano à sua geografia. É algo implícito, entranhado na alma, levaria uma vida para se desfazer de tudo isso. A família e os amigos serão sempre parte dela, a cada um é lhes reservado um lugar especial, único como cada um deles.
Para trás ficam os objectos que parecem fundamentais para o funcionamento de cada dia, telemóvel, pc, i-Pod e o carro e uma data de tralha que carrega diariamente consigo na mala. Assim a carga ficará mais leve, mais fácil de transportar, afinal de contas a sua avó vivia bem sem tudo aquilo, outras pessoas noutra parte do globo fazem o mesmo.
A mochila está pronta! Saiu decidida para a rua, em direcção à Gare do Oriente, onde ia comprar um bilhete para o comboio internacional, que liga as capitais da península Ibérica.
Chegou à estação, comprou o bilhete de ida. Faltam duas horas para a partida do Lusitânia Comboio Hotel.
Para tornar a espera menos penosa, dirigiu-se a uma daquelas pequenas lojas em forma de boas-vindas para turistas, para ela seria em forma de despedida, comprou pasteis de Belém, quis o açúcar em pó e a canela, queria saborear aqueles pasteis em grandiosidade, de sabor quase genuíno, assim como a sua cidade que a viu crescer.
Chegou a hora da partida, entrou no comboio, em direcção a Madrid…
Continua…
Pegou na mochila, dizendo para consigo: “levarei comigo apenas o indispensável, calças jeans, t-shirts brancas, um ou dois pares de sapatilhas, não dispenso os cremes hidratantes, mas não levarei qualquer tipo de maquilhagem”.
Olhou as roupas, desfez-se dos acessórios complicados, pois sempre disse que a roupa é a sua segunda pele. Já há muito tempo que a sua peça preferida é um t-shirt branca e em dias de frio veste uma camisola em bico, tem varias, de tantas cores, quantas a do arco-íris. Já se cansou de usar camisas, aqueles colarinhos sufocam, retêm o ar e conferem-lhe um ar de engomadinha, como se não andasse vestida, mas sim com um garfo enfiado nas vísceras. Gosta mais assim, dessa forma casual e descontraída de se vestir, ajusta-se aos seus pensamentos e à forma como vê a vida – com leveza!
Ao fazer a mochila, apercebeu-se que existem coisas que irá sempre carregar consigo, coisas impossíveis de ficarem para trás. A família, os amigos e as tradições nas quais fora criada, tudo aquilo que caracteriza cada ser humano à sua geografia. É algo implícito, entranhado na alma, levaria uma vida para se desfazer de tudo isso. A família e os amigos serão sempre parte dela, a cada um é lhes reservado um lugar especial, único como cada um deles.
Para trás ficam os objectos que parecem fundamentais para o funcionamento de cada dia, telemóvel, pc, i-Pod e o carro e uma data de tralha que carrega diariamente consigo na mala. Assim a carga ficará mais leve, mais fácil de transportar, afinal de contas a sua avó vivia bem sem tudo aquilo, outras pessoas noutra parte do globo fazem o mesmo.
A mochila está pronta! Saiu decidida para a rua, em direcção à Gare do Oriente, onde ia comprar um bilhete para o comboio internacional, que liga as capitais da península Ibérica.
Chegou à estação, comprou o bilhete de ida. Faltam duas horas para a partida do Lusitânia Comboio Hotel.
Para tornar a espera menos penosa, dirigiu-se a uma daquelas pequenas lojas em forma de boas-vindas para turistas, para ela seria em forma de despedida, comprou pasteis de Belém, quis o açúcar em pó e a canela, queria saborear aqueles pasteis em grandiosidade, de sabor quase genuíno, assim como a sua cidade que a viu crescer.
Chegou a hora da partida, entrou no comboio, em direcção a Madrid…
Continua…
9 comentários:
Estou adorando!
Acho que todos nós precisamos de uma experiência dessa na vida! uma, duas, três...
:) beijos, linda Vanda!
Opa, como perdi a parte I, voltarei mais tarde com calma para ler todo..
Abraço!
Pena que precisou levar documentos!! (rs*) Ansiosa pelos próximos capítulos!! Beijus
Esta viagem está a tornar-se cada vez mais interessante. Gosto da forma detalhada como está a ser contada. Consigo até imaginar as camisolas em bico, identifiquei-me! =)
Aguardo a chegada à capital espanhola para o começo e aventura da nova vida...
Beijinhos.
Engraçado vc comentar das coisas que tem q carregar na muchila...
estava aqui pensando justamente nisso...
se levo ou não aquilo que é importante para os outros.. ou o que é importante para mim....
Estive pensando, não adianta nada comprar uma muchila maior.. se não terei forças para acrregar o peso extra...
O que sera util e necessario é algo bem particular...
Pode xorar..porque a mochila, sempre vai ser pesada, afinal o fardo é grande...
Namuchila hoje ta com o pensamento solto a mente aberta mais focado no objetivo..
Valew a visita
Torcendo para que seja uma excelente viagem...
até o próximo capítulo,flor
beijossssssss
Como é triste deixar a cidade em que se viveu a infância, não?
Passei por algo semelhante, e até hoje sinto saudades.
Preciso pegar algum comboio rumo à ela o quanto antes...
É tão duro partir assim...
Mas estão anciosa por saber como vai ser a esperiência...
bjos!
Umm, isso já deu saudade na nossa viajante... Inclusive em mim...
Precisamos saber onde essa história irá nos levar!
Bj
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