Retomo a “Traduzir em Palavras os Pensamentos Soltos”, sem uma razão única ou motivo concreto, talvez pela saudade de escrever, quem retoma a ler conhece este jogo de palavras, nem tudo o que é parece e a mais pura das verdades pode ser uma enorme mentira.
Adiante, cá andamos com a vida de sempre, a encher os pulmões com o ar cada vez mais poluído e isto preocupa-me, não é uma preocupação do tipo ecologista com necessidade de organizar uma plantação de árvores, não é nada disso, a minha preocupação está nos efeitos colaterais das toxinas inaladas que varia de individuo para individuo, vou tentar clarificar isto se for possível:
Está um indivíduo na borda do passeio à espera que surja do outro lado um boneco verde que lhe permite avançar em frente enquanto isso passa um camião movido a gasóleo com todas as geringonças que lhe conferem o poder de se descolar com o auxílio de um condutor, tudo é imundo naquele veiculo que liberta fumo na cara do indivíduo. Este, por sua vez e involuntariamente (porque é quase assim o acto de respirar) inala todos aqueles compostos químicos deixados no rasto preto, que vai até aos pulmões passa pelo coração e por fim a todo o corpo através da corrente sanguínea. Será que isto tem influência no indivíduo? É provável! Surge à sua frente o boneco verde e atravessa a rua no destino definido e ao som dos seus passos constrói uma ideia, em poucos segundos acredita na verdade dessa ideia e transpõe-a num sentimento, mais um passo na calçada e esse sentimento invade-lhe o corpo! Aqui reside o problema do ar poluído que respiramos nas ruas da nossa cidade, faz-nos acreditar em algo que não existe, que nunca lá esteve, a culpa não é dos deuses, é nossa, apenas nossa que nos limitamos a ver com os nossos olhos, que nos deixamos levar por uma ideia pequena e fugaz mas, que mudaria a nossa vida!