[Um conto – parte I]
Naquele fim de tarde junto ao mar, de frente para a linha fria do horizonte, ela entendeu, encontrou as respostas as suas perguntas.
De olhar fixo naquele ponto, percebeu a essência da vida, qual o rumo a seguir, compreendeu o seu caminho.
Mesmo ao lado dela, passam pessoas num frenesim, na correria de todos os dias para chegar a casa depois de mais um dia de trabalho, os condutores impacientes das filas de trânsito buzinam constantemente, tornando aquele fim de tarde num caos absoluto.
Ninguém vê o pôr-do-sol, ninguém repara nos canteiros floridos da rua, as pessoas caminham centradas nelas e apenas nos seus afazeres. Caminham todos de forma igual, como soldados em marcha, mas de olhares vazios, com falta de algo nas suas vidas tão cheias e complicadas, vidas com falta de tempo e sem tempo para viver!
Nesse fim de tarde, que poderia ser igual a tantos outros, ela entendeu o que procurava, aceitou o seu caminho, compreendeu todas as encruzilhada e cruzamentos até aquele momento, viu que não desejava uma vida similar a tantas outras, que não desejava aquele frenesim eléctrico de um dia atrás do outro, dias iguais. Desejava dias diferentes, dias pintados de várias cores, vários aromas e de texturas diversas!
Foi então que ela decidiu a partir daquele momento, cada dia ia ser único, de forma a completar o anterior e deixar uma fresta aberta para o seguinte, único no sentido que poderia não haver um amanhã. Que não deixaria para mais tarde o que poderia viver agora, deixando-se guiar pela voz do coração, que não mais guardaria os sonhos numa gaveta!
Ela ia atrás da essência da vida, saber quem afinal é, dar-se a conhecer para melhor compreender os outros.
No caminho de regresso a casa tomou a sua decisão, ia fazer a mala, ou melhor pegar numa mochila, levando consigo apenas o suficiente para sobreviver e começar a percorrer o trilho do seu caminho…
Continua…
De olhar fixo naquele ponto, percebeu a essência da vida, qual o rumo a seguir, compreendeu o seu caminho.
Mesmo ao lado dela, passam pessoas num frenesim, na correria de todos os dias para chegar a casa depois de mais um dia de trabalho, os condutores impacientes das filas de trânsito buzinam constantemente, tornando aquele fim de tarde num caos absoluto.
Ninguém vê o pôr-do-sol, ninguém repara nos canteiros floridos da rua, as pessoas caminham centradas nelas e apenas nos seus afazeres. Caminham todos de forma igual, como soldados em marcha, mas de olhares vazios, com falta de algo nas suas vidas tão cheias e complicadas, vidas com falta de tempo e sem tempo para viver!
Nesse fim de tarde, que poderia ser igual a tantos outros, ela entendeu o que procurava, aceitou o seu caminho, compreendeu todas as encruzilhada e cruzamentos até aquele momento, viu que não desejava uma vida similar a tantas outras, que não desejava aquele frenesim eléctrico de um dia atrás do outro, dias iguais. Desejava dias diferentes, dias pintados de várias cores, vários aromas e de texturas diversas!
Foi então que ela decidiu a partir daquele momento, cada dia ia ser único, de forma a completar o anterior e deixar uma fresta aberta para o seguinte, único no sentido que poderia não haver um amanhã. Que não deixaria para mais tarde o que poderia viver agora, deixando-se guiar pela voz do coração, que não mais guardaria os sonhos numa gaveta!
Ela ia atrás da essência da vida, saber quem afinal é, dar-se a conhecer para melhor compreender os outros.
No caminho de regresso a casa tomou a sua decisão, ia fazer a mala, ou melhor pegar numa mochila, levando consigo apenas o suficiente para sobreviver e começar a percorrer o trilho do seu caminho…
Continua…
17 comentários:
"Ninguém vê o pôr-do-sol" Realmente, e olha que a luz das 17:45 é linda, da uma sombra gostosa, aquece a pele como uma massagem feita pelas mãos mais macias que possa imaginar..
"ninguém repara nos canteiros floridos da rua"... Elas estão lindas, amarelinhas com laranja e violeta, fazem um grande circulo, por volta das 13 horas estão sendo irrigadas, brilham e mostram todas as suas cores naquele sol estourado de meio dia.
"as pessoas caminham centradas nelas e apenas nos seus afazeres"... pensando nos pormenores da vida, pensando na vida dos outros, no amor que não veio,, na grana que acabou, nas mazelas
"Caminham todos de forma igual, como soldados em marcha, mas de olhares vazios, com falta de algo nas suas vidas tão cheias e complicadas".... Tudo é igual, sem compromisso sem criatividade apenas seguindo a marcha que esta descontrolada.
"vidas com falta de tempo e sem tempo para viver".. sem tempo para ligar para conversar,sem tempo para um papo na esquina,sem tempo para um beijo antes do trabalho..sem tempo para amar..
O seu texto de hoje..esta bom...
Nada melhor que liberdade e percepção!
Beijos
E nesse caminhar olhando para o próprio umbigo perdemos a simplicidade que a natureza nos dá de brinde pela vida...
Carinho meu pra você minha flor, feliz final de semana
beijossssssss
É preciso ter coragem pra viver seus sonhos.
Pegar uma mochila e ver o que se esconde atrás daquelas montanhas.
Decidi fazer isso, e jamais me arrependi.
A inércia, definitivamente, não faz parte de mim.
Beijos, menina.
Aguardo a continuação dessa bela narrativa.
Umm...
A vida continua...
Queremos ver o próximo capítulo dessa história!
Bjs
O desapego das coisas rotineiras do nosso dia a dia, pode ser uma tarefa duríssima, por vezes, quase impossível de se conseguir.
Pegar uma mochila, levar apenas o indispensável e traçar novos rumos, não é uma decisão para todos.
Trocar o certo pelo incerto e permitirmo-nos correr riscos, é um acto de coragem. Quando a mudança é para melhor, então que se mude mesmo, porque só árvore precisa ficar pregada ao chão!
Beijinhos.
Oi, só estou passando para agradecer o comentário e convidar para ver o texto que acabei de postar. Um abraço!
Clementine
quem não adora viajar, conhecer novos mundos, novas culturas... sentir cores, aromas, paladares.
Gostei do teu texto e agradeço o post no Mar de Sonhos.
Bjs e volta sempre
Vanda, devemos ter muita coragem para irmos contra o que todos esperam e fazem e buscarmos nossa própria felicidade. Nesse mundo de hoje tão alucinado, tão cheio de informações e tecnologia, parece que quando queremos a vida simples estamos cometendo um erro terrível, mas não é isso, estamos apenas em busca da paz que essas pessoas não têm.
Um beijo, espero a continuação do conto.
Coragem para arriscar-se... fazer as malas e ir rumo ao que o destino nos aguarda...
Louco para trilhar diferentes caminhos e experimentar novas sensações...
Quero continuar a ler este belo conto!
Obrigado pela visita, pelas palavras e volte sempre...
Daqui gostei e aqui voltarei! Parabéns!!!
Beijos e um lindo fim de semana pra ti...
Vanda, sou do Caraqueteres. Achei tua sensibilidade muito similar à minha. Tão assim que redundamos, positivamente, no sensível.
Abraços!
Ao ler as tuas palavras identifico-me e sinto o despertar da personagem. Foi um momento, aquele momento especial e que nem todos temos, ou uns têm mais tarde que os outros. Momento lindo e único, mas que marca toda a diferença para encarar a vida do único modo que ela pode ser encarada, de um modo belo, porque a vida é uma dádiva, uma graça que nos foi concedida e a qual devemos agradecer. Tudo está certo, tudo está no seu lugar e não existem coincidências.
liberdade...
beijinhos embrulhados em abraços
parece-me familiar....!!!
Boboo
Nada como libertar-se.. seguir a vida mais leve... curtindo cada coisinha simples... valorizar os sentimentos... pouca bagagem... pra poder absorver o que aprende pelo caminhar... adorei.. bjo blue
http://noelevador.zip.net
http://nabolsadamulher.blogspot.com
muito bom seu conto sucinto e verdadeiro, sempre nos pegamos nessa encruzilhada e sao os poucos q tem a coragem necessaria pra conseguir mudar a vida de tal maneira, estamos acustumados com a rotina, ela nos da uma certa proteção, mas assim a vida é monotona, que vc consiga viver assim, e eu tb, rsrssr, beijosssssss
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