terça-feira, 5 de junho de 2007

Viagem [IV]

[Um conto – parte IV]
Chegou a Paris quase ao final da tarde, sentia-se exausta, com aquela longa viagem de autocarro, mas preferiu assim. Ao faze-la teve a oportunidade de ver como Madrid está ligado a Paris, de ver mais de perto todas as pequenas aldeias, vilas e até as zonas desertas!
Foi à procura de um hotel, queria tomar um banho, pousar a mochila e restabelecer as energias para percorrer a segunda maior metrópole da Europa!
Já no hotel, tomou o seu merecido banho, vestiu uns jeans e uma t-shirt branca lavada, por momentos, sentiu o leve aroma do detergente que usava para lavar a roupa, ficou estática, uma brecha abriu-se na sua alma portuguesa, foi a primeira vez que se lembrou, que sentiu saudades de casa.
Foi para a rua, queria ver de perto Paris iluminado, ver as luzes, ver aquele glamour, assim o fez, apanhou um táxi e foi até Montmartre.
Montmartre é conhecido pela sua animação nocturna, existem lá diversos bares, entre eles, o famoso
Moulin Rouge. Este bairro situado num ponto alto, a vista sobre a cidade deve ser óptima, pensou a rapariga dos jeans e t-shirt branca.
Paris é merecedor do nome Cidade das Luzes, naquela imensidão de luzinhas quase se confunde, onde acaba Paris e começam as estrelas, talvez pareça um exagero, mas naquele passeio nocturno sentia-se mais perto do céu!
Madrugou, não queria desperdiçar o seu tempo, Paris é grande e teria muito o que visitar, ao tomar o pequeno-almoço, fez uma lista “de cabeça”, queria visitar o
Museu de Orsay, o Panthéon, a Catedral de Notre-Dame e claro que não poderia esquecer-se do Museu do Louvre nem da Torre Eiffel que é reconhecida em todo o mundo como um símbolo da França.
Então, como se costuma dizer, pôs pernas ao caminho, em direcção aos Campos Elíseos, enorme avenida, onde se encontra a praça
Charles de Gaulle, deparou-se com o Arco do Triunfo.
Um Arco do Triunfo era originalmente utilizado como um símbolo da vitória em uma determinada
batalha, pelos romanos, mas este não, este fora mandado construir por Napoleão, para comemorar todas as suas vitórias, com o nome gravado das batalhas, dos generais e na base o Túmulo do Soldado Desconhecido.
Túmulo do Soldado Desconhecido, disse para consigo: “desconhecido para Napoleão, pois com certeza que para a sua família não era nenhum desconhecido, tinha nome, tinha mãe, pai e talvez até filhos. Tinha uma vida, tinha sonhos e projectos que foram interrompidos, porque alguém sonhou que podia conquistar o mundo. Alguém que apenas pensou na felicidade própria e ignorou a do seu semelhante.
Todos temos direito á igualdade, todos temos o desejo natural de procurar a felicidade, tal como Napoleão e o Soldado. A diferença está no número, Napoleão era só um e os Soldados eram muitos. Então de que lado está a maior necessidade? Quase que posso garantir que Napoleão não foi feliz, mas sim um egocêntrico que nunca encontrou a felicidade nem se libertou dos seu sofrimentos.”
Percorreu Paris tal como tinha planeado, ficou encantada, ficou apaixonada, no alto da Torre Eiffel, visualizou pela última vez a cidade, chegava a hora de voltar a partir de mochila as costas, de continuar a viagem em busca do seu “Eu”!

Atravessou o canal da mancha, chegou a terras de Sua Majestade…onde a aguardava a maior aventura da sua vida…

Continua…

10 comentários:

João Antônio disse...

Olá,

eu gosto muito de contos, estou retribuindo a visita.

Tem que continuar mesmo de como vai sair este texto

Bjo e um bom dia

Carmim disse...

Quem me dera também pegar numa mochila e iniciar uma viagem dessas!
Ela vai percorrer toda a Europa?
Ehe, sem dúvida que essa(s) história(s) da viagem se tornou viciante. =)

Beijinho Vanda,
bom feriado.

Melissa disse...

Vanda, como gostaria de uma viagem dessa! Seria um presente dos deuses!
:)

Vívian Oliveira disse...

Estava a ler os escritos perdidos e a cada dia fico mais deslumbrada com as tuas letras..

E o teu conto então... esperando anciosa por cada parte..

Não sou boa em conto mas, nunca me dediquei a eles...

Vc esta ótima..

bjo e bom final de semana!

Anónimo disse...

Aventuras fantásticas, momentos de vida, isso é maravilhoso!
lindo findi,querida
beijossss

João Antônio disse...

Estou aqui para provar que sempre estarei este lugar rsrsrs

Anónimo disse...

Nossasenhora, quero fazer uma viagem dessas também.
Interessante como você descreve os lugares com perfeição.
Parecem cartões postais =)

Tem um agradecimento pra você em meu blog, tá?
Beijinhos.

Anónimo disse...

Eun sou doida pra conhecer Paris... moulin rouge e toda a atmosfera mágica da cidade... bom pude um tiquinho viajar pelo seu conto ... beijo blue

http://noelevador.zip.net
http://nabolsadamulher.blogspot.com

Anónimo disse...

nossa ta parecendo um romance de sidney sheldon, mt bom qto a parte do soldado e a analogia que vc fez entre napoleão e a protagonista ficou otima, essa coisa de guerras é de uma tamanha falta de escrupulos, se enriquecer a custa de tantas vidas...como diz uma letra de uma musica do renato russo " pais explicam mais uma vez que a guerra gera empregos aumenta a produção uma guerra sempre aumenta a tecnologia mesmo sendo guerra santa quente morna ou fria" bom sempre aumenta mesmo mas a custa de vidas , a custa do caos da fome da miseria de uns, da tortura e do ser beligerante sem coração que o capitalismo trouxe para os tempos modernos, dos barbaros para nos... beijosssssss

http://vidacretina.zip.net
http://noelevador.zip.net

Anónimo disse...

kkkkkkkk, ri do seu P.S... então o papel higienico, sei la como vcs chamam aí, é o papel pra limpar as coisas depois de se ir no banheiro. rsrsrsr, então é um papel higienico importado de portugual... nao conhece??? ele é mt do interessante, vem numas cores berrantes, tem ate preto, imagina entrar num banheiro e ver um papel da cor laranja bem escuro ou um preto , vermelho, tem varias cores... depois procures, sua vida vai ficar bem mais colorida , kkkkkkkkkkkk....beijosssssssss